domingo, 5 de outubro de 2008

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Malhar em ferro frio é como eu faço, impaciência. A esperança que espero é a compartilhada, e não a dividida. Extremidades frias, garganta quente, um sol de gelo se derrete aos meus olhos e a água suja me escorre entre os dedos. Se o caos fosse de terra feito, soterrada estaria. Meros entretenimentos passageiros, eu quero mais. A boca seca pede a chuva, descarrega em mim sua ânsia. Pervasivamente eu amo, só não sei a quem. Loucos, carne e trilhos, te desejo para a prateleira, da vida eu clamo por uma variedade rotineira jamais vista. O despertar é molesto mas o sono compensa; tênue noite que sejas ruidosa, morena tez que sejas minha.

Um comentário:

Carolina Pires disse...

"te desejo para a prateleira" foi a frase que mais causou-me impacto. Amo isso aqui Bia, acho que estais cansada de ouvir/ler isso. Cada palavra, gesto, milimetricamente planejados... meu deus. Só vejo perfeição a cada dia que passa.

;*