segunda-feira, 29 de setembro de 2008

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Ou abafo ou desabafo.. estou cansada, porém vitoriosa. Até minhas unhas canário pedem repouso, mas por dentro eu vibro. Dentro da turbina de coisas que acontecem na minha mente eu encontro uma que me diz que eu posso, e hoje eu posso. Fugir, gritar, conquistar, voar, ceder, perdoar, sentir, falar, calar, sorrir, ter e estar (e isso soa melhor em mim). O tempo me parece intenso demais para ser vivido, mas cada milésimo faz tudo valer. É a boa nova da estação molhada que oleia as engrenagens do mundo e me afia a atenção para a percepção dos pequenos deliciosos detalhes dos meus dias um tanto ocos e transbordados. E vamos abafar.

domingo, 28 de setembro de 2008

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Eu não queria parecer amarga de início pois assim não sou, pelo contrário prezo a doçura... mas a angustia anda me corroendo aos poucos, e a ânsia de viver coisas que almejo me dói na garganta e me deixa tonta. O sentimento de que a gritar até a loucura é a solução mais sensata pra essa sofreguidão me acompanha desde que me foi tirado o direito de ser aquela que rejeita. Se eu soubesse do tamanho da vontade que sentiria depois da degustação dele, aquele nome seria riscado da lista imediatamente. A minha lista quer seguir e eu quero ir com ela, eu odeio ser interrompida e pela primeira vez o receio assola minha nuca e me deixa tensa. Eu penso comigo o quão estúpida é a situação e o quão estúpida estou sendo, se sempre fui contra! E talvez seja até psicológico pois sinto que tenho meios para me livrar do problema mas eu agarrei-o, literalmente.