sábado, 8 de agosto de 2009

22

É como se eu derretesse internamente e toda a nova massa não conseguisse se posicionar com precisão. Doente, não só o corpo pois que além do constante enjoô e aceleramento cardíaco, eu me sinto insana. Obssessivamente em paranóia, vasculhando em becos uma maquinaria capaz de registrar os movimentos tão fugazes teus, eu só desentendo. Como assim? Isso é para fracos, e a minha arrogância me põe num pedestal de super-mulher que aprendeu muito em pouco. Meus olhos, os dois em par, negam-se a absorver os mil impactos. O trem apita ao longe, a panela de pressão estoura, e eu me amarrei aos trilhos. Então surge o breve arrependimento, já inútil. Sei dar bons nós. Eu era tudo que você precisa.

2 comentários:

Matheus Moreira Moraes disse...

irado
irado
irado
ponto
beijo

Carolina Pires disse...

há tempos que venho te falando o quão teus textos evoluem em graus imensuráveis. nao és a única a deliciar-se com palavras, delicias-se das minhas e eu delicio-me das tuas, sem sombra de dúvidas. a cada dia que passa, por mais que ocorram brigas e discussões no meio de tudo, mais me uno a ti e tenho certeza que na desgrudarei tão cedo. és meu espelho e a gente sempre se completou, não é uma briguinha à toa que vai mudar isso.
amo-te.