sábado, 11 de abril de 2009

17

Minha esposa dúvida transformou-se em implícita. Antes o que me faltava eram respostas, agora o vazio se chama crença. É tão fácil penetrar seus olhos fundos e encontrar uma inocência imaculada, acompanhada da carga de 10 tonéis já costumeira. Por todas as vezes que lançastes aquele olhar que me consome e quando perto de mim sua respiração ofega, a fé em ti ancora-se e me preenche. Me sobe desde os pés e transborda pela boca, que te beija e clama, rogando pela verdade pura que então enxergo. Mas quando te vais, levas junto minha convicção. Tuas atitudes são sujas e infames, modificado longe de mim, recriando assim nosso ex-futuro. São fábulas suas, moreno, trapaças enlameadas de areia, simulacros bem disfarçados em seu sorriso retangular. E tristemente eu as reconheço, ainda esperando que sejam devaneios meus; e não patranhas saindo de teus dentes, os mesmos que me machucam de prazer cego. Não iluda-se achando que a iludida sou eu; sou ladina, canino. Juras falsas de amor não me tocam, só tangibilidade significará a tua-nossa vitória.

2 comentários:

Luiz Ricardo disse...

ta muito bom =) final me deu arrepios num sentido bom hahah

ISadora disse...
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