terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Do you?

I do. Eu aceito e te aceito de todo o meu coração. Tuas verdades repetitivas, tuas mentiras tão bem camufladas. Aceito que não sejas quem eu queria, e aceito que simplesmente não sejas na minha vida. Eu aceito que dói, e faço dessa dor um alívio. Aceito os teus erros pra poder aceitar esse meu próprio de amar docemente teu jeito de me olhar. Aceito tua loucura, pra que não me sinta louca sozinha. Pra fazer jus a essa clareza repentina me guiando ao certo. Já neguei tua ida, já tive raiva, já te quis mal. Já tentei negociar-me em deleite à outras, já te tenho tatuada em minha pele... Bonita, eu vi o mundo perder sentido. Agora vem a certeza abençoada e leve da aceitação: and so it is, erramos. Fizemos de nós dois nós. Eu que sou boa nisso de atar até outrora ainda me via presa, mas agora não. Aceitar que te sinto é tudo que me leva a liberdade. Respiro e inspiro livre! Livre das amarguras da mentira, posso jorrar meu coração em palavras, me permitir sentir, te amar limpo. Aceito a mágoa e, perdoando a ti e a mim, destilo-a em pura afeição. Aceito que seja somente dentro de mim, e torço para que aceites que dentro de ti também não morreu. Aceito que sejas feliz: vai e derrama o teu olhar meu ao acaso, alimente-se de outra fonte, sorria por outro sorriso, chore de outras angústias. Te quero bem, forte, sensata; lúcida e louca como sempre. Te quero em paz, pequena. Que assim eu vou estar em paz também. Que assim todo o meu amor fica em paz. Que assim eu posso fechar os meus olhos a noite como quem beija os teus, te fazer uma oração, repetir pra mim mesma: "I do."

2 comentários:

Carolina Pires. disse...

Ai, Bia!!! Quanto tempo que eu não te lia!!
Que linda que tais e que saudade do tamanho do mundo! <3

Anônimo disse...

um belo sentimento